Se é daquelas pessoas que começa uma coisa e não acaba, leia este texto até ao fim.
Já pensou por que razão há muitas pessoas que tendem a não concluir o que começam? Falta de motivação, de energia ou mesmo o facto de estarem a fazer algo que não gostam, podem, efetivamente, ser algumas das razões. Porém, o verdadeiro motivo tem a ver com a organização interna. Pois quem não consegue concluir a mais pequena tarefa dificilmente estará apto a concluir coisas maiores, como sonhos e objetivos.
“A forma como fazemos uma coisa é a forma como fazemos todas as outras coisas”. Há um padrão interno que se expressa através das mais variadas formas. Seja a arrumar o quarto, seja a executar um projeto de vida.
Muitos dos clientes com os quais trabalho apresentam o sintoma de “começa e não acaba”. Em muitos deles não tem a ver com qualquer tipo de incapacidade, mas com o facto de, internamente, estarem desorganizados. É como que o seu cérebro estivesse preparado para fugir assim que iniciam algo.
Um dos princípios na execução de tarefas é: nunca comece algo que saiba que pode não acabar. Uma simples verdade que pode fazer toda a diferença em tudo.
Só há uma forma de substituir este tipo de padrão por outro mais vantajoso. Começar e concluir tarefas mais simples. Se “sofre” deste padrão não tente iniciar algo complexo, pois à partida não irá concluir.
Quando conclui algo há uma experiência que se fecha. Não se sente aliviado quando termina algo que começou? A sua confiança aumenta e o seu nível de competência também evolui.
A nossa organização interna é o que nos ajuda a posicionar no mundo. Dificilmente conseguirá atingir um alto rendimento se não assegurar, em primeira mão, níveis base de rendimento. Como é que se sentirá preparado para gerir grandes processos, se não souber gerir processos mais pequenos ou intermédios? Qual será a sua capacidade em gerir 1 milhão de euros enquanto não souber gerir quantias de dinheiro mais pequenas?
Uma das razões que faz com que isto seja muito importante é o facto de o nosso cérebro “adorar” concluir tarefas. Quando não o faz há um circuito que fica em aberto. Se navega de tarefa em tarefa está a dizer a si mesmo que nenhuma dessas tarefas é importante. Está a reduzir o poder de seletividade do seu cérebro. E se não é seletivo tudo serve, até o que não interessa e o que não quer.
É fundamental também dizer que, quando não termina algo que iniciou, o seu cérebro, inconscientemente, continua a processar informação do que não foi anteriormente concluído, mesmo que já tivesse mudado de tarefa. Investimos muito mais energia naquilo que fica pendente porque, na verdade, ainda não ficou resolvido.
Iniciar, concluir e passar para outra é a receita ideal para quem ambiciona grandes concretizações. É preciso escalabilidade. Isto é, aprender a concluir o simples para então depois estar apto a concluir o mais difícil.
Se considera que não acaba o que inicia, comece por embarcar primeiro em tarefas mais simples e em dominar o conhecimento base. Vá crescendo na complexidade e quando der por si já estará a concretizar o que julgava impossível.
A organização interna é dos aspectos mais valiosos que deve desenvolver para atingir o sucesso. Não seja apenas um sonhador. Seja um concretizador