Um dos dilemas mais complexos que muitos dos pais que me procuram têm, corresponde ao facto de os seus filhos não gostarem de ler. Esta é já uma velha questão a que famílias, escolas, bibliotecas e outras instituições culturais tentam responder. Se esta situação te preocupa lê este texto até ao fim.

Incutir hábitos de leitura numa criança é, por si só, um enorme desafio. Então seguimos o caminho que conhecemos: compramos muitos livros, vamos à biblioteca, lemos histórias à noite, discutimos ideias, damos o exemplo. Contudo, e embora estas estratégias sejam válidas, nem sempre o prazer pela leitura fica. Há outras coisas que apelam de um modo mais efusivo crianças e jovens. A mais recente tecnologia, a roupa de marca, o novo modelo de ténis, o corte de cabelo, outras modas que vão aparecendo e que vão desviando a sua atenção.

Embora, confesse, isto me faça questionar como é que a sociedade permitiu de forma tão leviana que isto acontecesse, todas essas coisas dão recompensas bem mais rápido. Quando jogam um jogo o resultado é imediato. A adrenalina que é gerada em nada se compara à que é produzida quando uma criança lê um livro. Bem… isto pode parecer estranho, mas a verdade é que é isto que vemos todos os dias a acontecer.

Quando a satisfação de desejos assume o lugar das necessidades essenciais
Aprender a ler, a contar, a pensar, a interpretar, a comunicar, a ser melhor cidadão, a respeitar os outros, ter um propósito de vida são exemplos de necessidades essenciais. Ter um smartphone topo de gama, um novo jogo para a consola, uns ténis de marca, um corte de cabelo igual a um jogador de futebol são alguns exemplos de desejos que se pretendem satisfazer.

Se é uma concorrência desleal? Depende. Depende sempre dos valores que passas e da forma como os vives em família. O resultado que crianças e jovens têm e a confusão entre desejo e necessidade essencial dependem diretamente da ambiência em que crescem. Eles respondem da forma que o mundo os educa.

Sabemos que é árduo reverter isto. O tempo de qualidade que os pais disponibilizam para o seus filhos e a forma como as instituições culturais estão organizadas acabam por ser determinantes. Ambos tentem incutir necessidades essenciais em pessoas cujo paradigma se destaca pela satisfação do desejo.

Como podes dar a volta a isto?
Esta, a meu ver, deve ser a questão que todos devemos colocar. Certamente que necessidades essenciais e desejos devem coexistir. A dinâmica do mundo não anda só à volta de necessidades. Circula também em torno do desejo.

Há três coisas que os pais podem por fazer para equilibrar a situação e a leitura tem as ferramentas certas para o fazer:

  1. Promover hábitos de leitura em família
  2. Estimular a interpretação de textos e sua aplicação prática
  3. Aprofundar a relação entre pais e filhos através do debate de ideias e de pontos de vista

Tudo se resume a conhecimento e ao que fazemos com o conhecimento. Um grande número de crianças e jovens pode até saber que ler é importante. Contudo, não o sentem como uma necessidade essencial. O trabalho em família pode realmente fazer a diferença porque há espaço para isso. Quando bem realizado não há interferências externas, o que possibilita reajustar o que está menos bem.

A pensar em todas estas questões e porque também, enquanto pai, esta é uma das minhas maiores preocupações, criei uma dinâmica que te vai ajudar a superar este dilema desenvolvendo esses três pontos em 4 semanas.

Só te peço uma coisa. Que partilhes ao máximo este texto e esta dinâmica.

Juntos vamos ajudar crianças e jovens a serem mais felizes.

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“Uma criança que lê será um adulto que pensa”