Por que razões publicar um livro?

Longe estão os dias em que publicar um livro estava acessível só a algumas pessoas. Felizmente, a forma de se fazer as coisas e a tecnologia evoluíram e, hoje em dia, é relativamente fácil publicarmos um livro. Mas será que este facto afetou a qualidade dos livros? Continue a ler para conheceres a minha perspetiva sobre este assunto.

Embora um livro esteja publicado, não quer isto dizer que o mesmo tenha qualidade. Para mim, enquanto mentor que orienta pessoas na escrita e na publicação dos seus livros, uma obra tem qualidade quando são evidentes estes três critérios: mantém a essência do autor; a mensagem tem critério e cria impacto positivo no leitor; e existe brio no discurso. Olhar para um livro apenas pelo ponto de vista se vende, ou não, é, extremamente, redutor. E isso acontece muito.

Certamente que, com a massificação da autopublicação, há casos em que a qualidade dos livros deixa muito a desejar. Porém, escritores como Paul Young, autor de «A cabana», iniciaram a sua carreia recorrendo a este tipo de publicação. Não é a publicação que define se a obra tem ou não qualidade, mas a forma como todo o processo é feito.

A realização de um sonho para muitos

Muitas pessoas viram o sonho de publicar um livro realizado porque recorreram à auto publicação. Isto é um factor determinante. Pessoas expressaram voz e não tiveram de depender, apenas, de editores.

A partir do momento em que passou a ser mais fácil publicar um livro, tornou-se, igualmente, necessário haver uma maior preocupação na qualidade das obras. Não basta publicar um texto “às três pancadas” e dizer-se que publicamos um livro. Há uma responsabilidade associada e temos de levar esta questão muito a sério.

Acredito e defendo que qualquer pessoa, desde que bem orientada e prezando pela qualidade, pode publicar o seu livro. Repare, todos somos diferentes. Todos temos uma história e uma perspetiva ímpares. Portanto, não é se consegue ou não publicar, mas como o vai fazer mantendo a sua essência e a qualidade na sua escrita.

Há muitas vantagens em publicar por uma editora convencional, mas também muitas vantagens em fazê-lo por autopublicação. Ambas as situações levam-no a um patamar. Só tem é de escolher como se quer posicionar. Depende apenas da sua decisão!

Aceitando, então, que todos nós temos o direito e a legitimidade para publicar um livro, por que razão não o fazemos?

Esta é outra questão que em nada tem que ver com publicar, mas sim com a forma como se vê. Ou seja, com a sua autoimagem (que irei explorar noutro artigo).

 

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Foto: Debby Hudson (unsplash)